“Basta-me a lei”, alguém diz.
Conheço meus direitos e deveres.
Os deveres cumpro, os direitos postulo.
Como cidadão, pago meus tributos e não incomodo ninguém.
Enquanto profissional, faço meu serviço e pronto.
Negociar é encontrar a melhor condição frente a interesses contrapostos. Faço sempre o melhor negócio, para mim.
Sendo uma pessoa inteligente, culta e atualizada, dou crédito apenas ao conhecimento
transmitido pela imprensa oficial e o ratificado pela ciência. Qualquer informação diferente é
mera opinião.
Há anos sou casado, amo e divido o que tenho e o que sou até que a morte nos separe.
Sou cristão, estou atento aos pormenores das sagradas escrituras na exata medida em que
estes me dizem pode ou não pode. Ora, “tudo que é lícito me convém”.
Cada lugar têm seus usos e costumes, diz a “lei da adaptação, integração e boa convivência”.
No estádio de futebol soam bem hinos com letras e mensagens chulas, na igreja caem muito
bem louvores e clamores a Deus.
Dentro de mim habita um coração misericordioso e disposto a perdoar qualquer ofensa 490
vezes.
Faço caridade porque pretendo evoluir.
Busco o reino de Deus para que as demais coisas me sejam acrescentadas.
Aprendi bem a lei da semeadura. Dizimo e oferto para que minhas finanças estejam sempre
bem.
“Além da lei”, diz Jesus.
O marco legal divide o joio do trigo.
O marco legal é o contato inicial com o direito, o dever, o bem-estar coletivo, a
responsabilidade, a justiça, a sabedoria, o amor e a lealdade, a verdade, a adequação e a
convivência harmoniosa, a piedade, a bondade e a riqueza.
O marco legal é o início, não o fim.
T. Assinger
Foto: Sam Moqadam